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"... hoje é o último dia…" foi a primeira frase que ouvi no rádio, enquanto tentava acordar...
Já perdi a conta ao número de vezes que anunciei a desgraça. Nuns dias com mais calma, com detalhe e recomendações adicionais, noutros poupando nas palavras, resumindo o essencial, ganho coragem e faço a declaração.
Se a pergunta é feita hoje é hoje que tudo começa.
E amanhã pode ser:
"O que é isto tudo, que para aí anda?"
ou, em qualquer outro dia, qualquer outra pergunta, repetida na mesma inquietação sincera da primeira vez, aguardando por resposta. Se a resposta chegar hoje é hoje que tudo começa.
Eu hesito por uns segundos, avalio a força que tenho, peso os estragos que as minhas palavras podem causar e torno a ser o mensageiro da desgraça.
A surpresa genuinamente repetida:
"O que nos havia de acontecer!"
É hoje o primeiro dia!
"Tudo o que muda amanhã" leio na primeira página do jornal
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