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Não sei

por esquisita, em 18.02.22

 

À primeira hora, antes de chegar 

seria fermento, terra a levedar

Desse chão se vai erguer, 

pela vontade de outro dia,

a fome de amanhecer

Que nome lhe posso dar?

Não sei...

 

Tempo que é agora, antes de partir

acende a fogueira de algum existir

Nessa chama, a arder, a alastrar 

como sopro, semente de cinza, 

sem ter um nome,

teima em lavrar

 

Posto está o sol, depois de brilhar

derrete nas águas o sal desse mar

Sopra vento que anoitece,

alisa a onda que embala,

cala a luz e adormece

Se amanhã, à primeira hora,

se pode tornar chamar, 

não sei...



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