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Agora que pouco falta, sinto que a espera começa a fazer vibrar a casa, pelo inexplicável contentamento antecipado de acolher. Perguntam-me por que o faço, o que espero da experiência, e eu nem sei responder. Não conto experimentar, prefiro viver. Se pretendo retribuir o que já recebi, ou se espero acrescentar como retorno? Continuo a preferir viver, é a resposta. Não sei ao certo de onde virão, ou em que língua nos vamos entender. Desconheço quem são, o que trazem, o que vai ficar, ou que levarão com eles. Se não tenho receio? Não percebi a pergunta. Na verdade, nada sei a seu respeito, para além do facto de serem parentes próximos que vivem longe. Não abro a porta a desconhecidos, recebo-os com uma única certeza, a de que pertencem à imensa família humana. Isso chega-me. É bom o vibrar da espera, melhor será acontecer.
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