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Bicho bravo, de difícil trato…
Depois de perdido o par partido, subi ao sótão dos esquecidos. Por lá estou e assim me deixo, acomodado ninguém, desocupado em saber quem, se for só eu.
Chegas tu, por final mal comparado, só, como um, ou por teres lido nos meus olhos vidrados, cor peculiar, contínuo alerta, azul sonhar, lembro-te um cão. Então lê por mim, palavras poucas para tanto, que eu já desaprendi de ler e nunca quis. Conta por mim os sonhos dos outros, desespero, desencontros. Depois, continua a falar, não importa o que digas, diz por mim. Diz por mim, na minha vez!
Enquanto disseres, serás tu a fingir saber outro viver. Eu, volto ao princípio, nada mais que ninguém: aqui estou, assim me deixo. Não te incomodes, nem me incomodes – deixa ficar!
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