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Não conto os dias, mas aproveitei umas horas livres e resolvi ir visitar o Dr. Simão. Ia, confiada na memória de uma outra consulta, já antiga, que me tinha sido agradável, e que recomendo, se alguém me pedir recomendação. Procurava, desta vez, entrevista curta, mais pelo prazer da companhia do que para aprofundar assunto delicado.
Eu bem sabia que, o ilustre médico, se tinha encerrado para estudo do seu próprio caso. Não queria, de modo nenhum, incomodar, até porque, ao que dizem, foi sem alcançar resposta satisfatória que acabou por falecer. Isso mesmo, fechou a porta e dezassete meses depois…
Foi por esta altura, a um par de frases de terminar o nosso encontro, que as ideias começaram a transviar. Dezassete meses!? Mas não foi precisamente há dezassete meses que...
Tenha paciência, Sr. Doutor! Encerra portas, abre portas, todos dentro, tudo para fora, mas com calma, que alguns têm mesmo que ficar. Tornamos ao mesmo e no oposto vê remédio, acaba por esvaziar a casa onde todos cabem para a descobrir construída por si e unicamente a si destinada! Parece-me razoável, mas deixar-se morrer ao fim de, precisamente, dezassete meses… é coisa de loucos!
Se pensa que, por uma infeliz coincidência, me apanha a falar da… Só me apetece dizer asneiras!
Bem, adiante que ainda não é desta que vou conseguir escrever alguma coisa em condições e este "pequeno" bem o merecia! Parece que o relógio da memória me atraiçoou e fui acordada pelo alarme dos pormenores.
Eu, que nem sou de contar o tempo.
Volto noutro dia!
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