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Ninguém

por esquisita, em 14.07.22

 

Ninguém viu, não houve nada,

Está quieto!

Fica calada!

Nem um só

amigo,

conhecido,

uma qualquer alma penada

capaz de olhos de ver

E sem que se veja coisa alguma,

o que há?

Nada!

Acaso alguém ouviu?

No quintal,

paredes meias,

nem vizinha, 

nem gente estranha 

Ninguém!

Pois se ouve, 

pois se houve…

Não dei conta!

Arrancadas as telhas

do telhado,

derrubadas as paredes,

não sobram tábuas

ao soalho

O que resta?

Nada!

A terra engole a casa…

Como é Possível!

Um horror!

Vou dizer que foste tu

Vais dizer que a culpa é minha

Vão dizer e vão falar

 Já esperava!

 Eu bem sabia!

Vão lavar as mãos

em palavras,

e encher a boca vazia,

com o que não

viram, nem ouviram 

E agora que é tarde,

não conseguem calar!

 

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10 comentários

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Olá Esquisita
Vejo, vi, se possível intervenho. É muito importante reconhecer o mal para acabar com ele. Muito tempo passa mas não esqueço situações onde tive de intervir em ambiente escolar, na defesa de quem é mais fraco, e contra as vozes que dizem "deixa estar, não te metas, tem de aprender por si a defender-se..." Ainda assim não se vê tudo, nem se chega a todos. Há muito para mudar.
Obrigada pela indicação deste link, a escrita está muito poética.

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