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"E se o monstro vier?"
"Garanto que não vem. Falam por falar. Se ninguém o viu, é certo que não existe!"
"Mas se sem existir, vier?"
Os monstros que não existem, são os da pior espécie…
Engendravam-lhe os mais comoventes enredos: segredos ocultos de um louco amor proibido, frutos perdidos ao nascer, flores arrancadas à vida em tenra idade, esperanças desfeitas, desmanchos involuntários ou forçados.
Aconchegava o pano da louça com doçura, embalava sussurrando baixinho para nanar. Se pediam, mostrava primeiro o sorriso, depois a boneca desgrenhada, zarolha e suja, que criava ao peito.
Dos novelos que dobavam, só o seu bebé era real.
…tinha esquecido, mas sei bem que são.
"Basta chamar e virei eu, para lhe dar tantas, tantas, tantas, que se há de arrepender de ter vindo, de ser monstro e de existir!"
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