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Dantes usava-se colocar um cartãozinho de visita na caixa de correio, na falta de melhor, O very British neighbour, nunca, nem bom dia, nem good evening (isento de verbo). Pouco gasta dessas etiquetas, não sabe ou não gosta, muito menos por delicadeza tem precisão de lhes dar uso, já que para compensar a frieza afónica, ladra desalmadamente o bicho de roda baixa e pêlo raso que lhe faz sombra. Que fofinho! Lá vem ele a descer das alturas, tão acima e já se pode ouvir, 5 ... 4 ... 3 ... 2 ... 1… r/c, abre-se a porta do elevador, Atenção! e a piranha saltitante não faz cerimónia para cravar a dentuça no calcanhar desprevenido, Tarde demais. Ó vizinho, então a trela? Logo hoje, que fazem tanta falta as pernas para ir votar! Nem sequer so, só Sorry, e muda censura, não tivesse voltado atrás por causa do CC e a esta hora já tinha cumprido o seu dever cívico. Mas, vá lá, uma palavrinha, Tem blood? Tem, e a riqueza do dono, tubarão portátil, depois de lhe sentir o gosto, entra numa tal histeria, que a do térreo direito se vê na necessidade de acudir ao Aquiles abrindo a porta da rua, para deixar o animal ir ladrar pró diabo que o leve. É que já não há quem o possa ouvir! Que aquilo foi perrice dela para também pôr o cão a correr daqui pra fora, lá isso foi. Não é segredo para ninguém a guerra de cães e gatos, entre os dois. Assim, tratar-se a mazela com mais sossego, apesar dos repentes vingativos, tem veia humanitária. Vem o estojo de primeiros socorros, Vai arder! Pois que arda, se é para curar! E leva mais um penso rápido, não vá o calibre dos furos, que é escasso para as tripas finas, ser o bastante para as grossas. Que gracinha tão gasta! Agora descanso, que não mata mas mói. Mas ainda falta a obrigação! Siga pela viela da escola, mais curta, logo mais rápida. O quê!? Aquele matagal com ervas pelo pescoço!? Já se devia ter subido, a bater à porta da presidenta, para saber se aquilo é serviço! Isso é que não! Não vá incomodar a senhora com miudezas, em plena época de safra! De qualquer forma seria escusado, já que anda surda ao ladrar dos cães. Seja como for, está muito bem assim. Devemos estimular o crescimento das espontâneas que nos embelezam os caminhos. Mas se é passagem pública e está feita selva! Procurem-se alternativas, preserve-se a dádiva da mãe natureza! E a bicheza? Igual, claro está! O “filho” da vizinha, nas suas escapadelas higiénicas, também volta cheio de pulgas e carraças, e não é por isso que ela o vai impedir de socializar com os da colónia. E por falar em colónia, aquilo nunca mais pára de crescer! Faltam fundos, não dá para tudo, ele é ração, ele é abrigos, ele é vacinas, fica a faltar para para esterilizações. Esterilizações!? Credo! E a mãe natureza aprova? Até agradece a ajuda para manter o equilíbrio! Se houvesse mais consciência, mais gente a aderir, vivíamos num mundo melhor. Muito me conta sobre o paraíso, Pois se assim é, podia organizar-se uma quermesse, sempre se juntavam uns trocos em favor da causa. Isso já não se usa! As causas? É o que mais se usa! Vamos lá acabar com o disparate que, não tarda, o inglês há-de querer voltar a entrar e ainda lhe prega outra ferradela! Foje! Então, não ia botar? Esqueça!
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